chegara, então, o esperado dia
onde me falava como o mar estava mais azul naquele verão
e como formava uma unidade perfeita com o céu.
falou o porquê das coisas terem tomado aquele caminho.
dizia tanto, parecia atônito.
eu perdido em minhas emoções
não conseguia ouvi-lo.
a tanto tempo... a idealização, a ilusão e a desilução.
agora a perda, lembrava com certo medo.
sabia que era escravo do seu comportamento
idílico, intemperado.
naqueles meses, tantas perguntas.
aquele amor que prometera,
o que havia feito de errado,
as perguntas e respostas,
tudo que foi dito e feito.
a penumbra e aquele céu fechado.
tinha mudado.
lembrava diariamente daquelas palavras pesadas:
"o mundo não é um conto de fadas".
foi à força. a dor de cabeça me acizentava os dias.
tinha tentado tudo, era aquele o meu jeito.
não conseguia prestar atenção no que dizia.
pensava que faltava esforço e que sobrava confusão
pra mim que tinha agido só com amor.
olhei pro céu e pro mar,
a essa hora já havia entardecido,
as nuvens tomaram o lugar.
e as ondas do mar apagaram qualquer vestígio de nós dois.
domingo, 1 de novembro de 2009
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